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Foto do escritorCecilia Bortoli escreve para Sala Nu Uáh

Memória e qualidade de vida

Atualizado: 13 de fev. de 2021


Já ouviu falar de memória de elefante? Sabe-se que, por questões de sobrevivência, esses mamíferos enormes precisam se lembrar muito bem de seus longos caminhos e quais lugares têm comida e água.


E mesmo para a gente a memória é de extrema importância. Ela configura uma parte chave da nossa vida e identidade. Lembrar de coisas boas garante sempre momentos agradáveis, já que os pensamentos nos fazem sorrir e relaxar. Por outro lado, recordar-se de uma experiência difícil, traumática ou dura pode enrijecer os ombros, secar a garganta e provocar tristeza. E que existe ainda um outro tipo de situação: não se lembrar de nada.

A falta de memória pode estar relacionada a estresse, falta de descanso ou má alimentação, isso de maneira muito geral. Sabe-se, também, que pode ser devido a problemas de saúde, como déficit cognitivo, ou a processos degenerativos tal qual Alzheimer. Entre 60 e 70 anos, 25% da população idosa tem Alzheimer e após os 80 é esperado que 50% desse grupo conviva com a doença.

Quem compartilha dos cuidados de familiares que têm o diagnóstico de Alzheimer sabe como é: a memória falha, acontecem lapsos e confusões, o paciente aos poucos perde a capacidade de reconhecer seus amigos e pessoas próximas e precisa ser cuidado para ingerir adequadamente líquidos, alimentos e medicamentos.

No entanto, é tema de filme , mas também das nossas vidas, aqueles momentos de lembrança, quando o parente de repente se recorda de algo - talvez de uma canção - e começa a cantarolar. Não raro quem presencia se sente feliz, animado com a possibilidade de poder matar as saudades de verdade, ainda que apenas por um momento, que logo se vai.

Atualmente, com o Brasil vivendo uma pandemia e sérios problemas de gestão pública, nos encontramos em constante preocupação. Quem pode (e deve) ficar em casa, em isolamento social, precisa também lidar com as demandas psíquicas do afastamento. Assim, se você tem Alzheimer ou cuida de pessoas que convivem com a doença, precisa se fortalecer ainda mais nesse momento de pandemia. Além dos cuidados de saúde relacionados a todos e aos grupos de risco - recomendados pela OMS - como mantar distância e lavar bem as mãos, é preciso cuidar das perdas cognitivas que podem acontecer nesse período. Portanto, vale muito a pena ter uma rotina de lazeres como ouvir músicas favoritas, desenhar ou pintar, brincar com jogos de memória, ler e até estudar algo novo. Tudo para manter o cérebro bem acordado.


E você, tem memória de elefante? Tem feito algo para manter a cabeça saudável e com boa memória durante o isolamento social? Conte nos comentários!


Veja uma lista de filmes sobre envelhecimento.



 

Escrito em parceria com a fisioterapeuta Natividade Bortoli, especializada em gerontologia social e com grande bagagem profissional nas questões do envelhecimento.


 

A imagem utilizada é dos arquivos disponíveis no Wix.



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